O fim da JohnConnordependência em 'O Exterminador do Futuro: Gênesis'



Desde 1984 o destino da humanidade está nas mãos de John Connor. Em 'O Exterminador do Futuro: Gênesis', filme que chega nesta quinta-feira aos cinemas, o filho de Sarah Connor (Emilia Clarke) e Kyle Reese (Jai Courtney)  interpretado por Jason Clarke ganha outra importância na saga iniciada por James Cameron e assumida neste quinto filme por Alan Taylor ('Thor: O Mundo Sombrio). Os trailers que antecederam o lançamento do longa já davam a entender que Connor ou tinha mudado de lado ou tinha sido dominado pelas máquinas. E é isso o que acontece.
Quam não conhece a saga pode muito bem pegar o bonde andando, já que a rebelião das máquinas iniciada pela inteligência artificial da Skynet, o ataque atômico global e a caça aos humanos pelos robôs é muito bem introduzida. O único prejuízo para essas pessoas fica por não ter conferido ao menos às duas clássicas produções de 1984 e 1991.
Schwarza, você está sendo filmado (Foto: divulgação/ reprodução)
Como um bom filme cujo roteiro envolve viagens no tempo, 'O Exterminador do Futuro: Gênesis' reconta muita coisa já vista nos filmes anteriores. A chegada do ciborgue T-800 (Arnold Schwarzenegger) e de Kyle Reese a 1984 para encontrar Sarah Connor é reproduzido como no primeiro filme - e com uma ajuda de efeitos especiais, que criaram um Arnold jovem para contracenar com a versão atual do ator sexagenário. A trama, que inclui idas e vindas no tempo altera um pouco as cenas, o que deixa tudo bastante interessante, como, por exemplo, a chegada de um T-1000 - aquele ciborgue de metal líquido - em uma cena que seria do primeiro 'Exterminador'.
Emilia Clarke e Courtney em ação (Foto: Divulgação)
A saga de Sarah e Kyle, que aparentemente estão apaixonados antes de se conhecerem - fruto do esforço de Papi (nova alcunha de T-800, que volta ainda mais ao passado para proteger Sarah desde a infância) e de John, que desenha a mulher ideal na memória de Reese. Os dois estão fadados a "acasalarem" - nada mal para ambos os lados - mas a chegada do filho antes mesmo do primeiro contato pode colocar tudo a perder. Ainda mais quando ele já não é mais o salvador da pátria que todos esperavam ser. A Skynet, marota, dá seus pulos para tentar concretizar seu objetivo final.
Jason Clarke (que não é o filho do futuro de Emilia Clarke) como John Connor (Foto: Divulgação)
O ponto alto do filme é o fato de afastar da história a ideia de que só John Connor pode salvar o mundo, ampliando o leque dos heróis e distribuindo a importância da conservação da existência da raça humana na Terra (no futuro) para todos os personagens. A saga ganha frescor e novidade, mérito também do elenco jovem e afiado. E Schwarzenegger interpretando um T-800 mais humano e com uma atuação menos cibernética. Bem, é possível que o austríaco tenha atingido a perfeição da atuação robótica, não é?