Super Mario Run” não é bem o que você pensa que é







O mundo todo se surpreendeu ontem com a Keynote de lançamentos da Apple.Mas as surpresas foram mais profundas do que um novo iPhone ou Apple Watch, e o destaque ficou também com o lançamento de um jogo da franquia Super Mario para smartphones.
Muitos receberam a notícia com choque, até porque a Nintendo (detentora da franquia) era até anos atrás relutante em desenhar um game completo seu para ser usado em outros aparelhos.
E as coisas continuam assim. Depois de passado o choque inicial, novas nuances desta estratégia foram aparecendo e agora vemos tudo com clareza: Super Mario Run não é um jogo típico da Nintendo, e isso foi pensado bem antes de ser criado .

Por que “Super Mario Run” não é típico da Nintendo?

A franquia Super Mario figura entre o hall de games simples e de sucesso em todo o mundo, junto com Sonic, por exemplo. É ainda um joguinho antigo, de dinâmica fácil e que permite diversos caminhos a seguir.
Como dito anteriormente, a Nintento sempre foi relutante em levar seus games de maior sucesso para outras plataformas. Você só joga Super Mario em seu computador depois de algumas gambiarras e traquitanas.
Mas a Nintendo também vinha percebendo que não poderia se sentir indiferente à febre dos smartphones por todo o mundo, bem como Tim Cook disse logo na abertura da Kaynote da Apple. Mas então como usar isso a seu favor?
Simples: desenvolvendo um jogo ainda mais simples, com pouquíssimas funcionalidades. Uma espécie de filho recém nascido do próprio Super Mario. Deste modo, você pode jogar no seu celular, mas nunca será a mesma coisa que jogar em um Nintendo.
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A tática por trás de “Super Mario Run”

O jogo desenvolvido inicialmente para a Apple chegará depois ao Android e outros celulares. A dinâmica é básica de tão simples: você só tem uma interação com o personagem: fazê-lo pular.
Ele segue correndo o jogo todo, sem a ajuda de ninguém. Cabe a cada jogador tocar na tela do celular para que ele pule, colete moedas e desvie de obstáculos. E basicamente é só isso.
O marketing aplicado em cima da divulgação foi enorme. Primeiro, anunciaram o jogo, depois, disseram que ele chegará até o final do ano. Isso deixa todo mundo ainda mais curioso e ansioso para o lançamento. Lembra sua expectativa para Pokémon Go chegar ao Brasil? Pois é.
Mas no meio de tudo isso tem a justificativa mor: o jogo foi pensado para ser jogado apenas com uma mão, ou um dedo. E isso, meu caro, é uma mentira deslavada.
O jogo não foi feito pensando na facilidade e praticidade. Super Mario Run desde o início foi pensado para ser simples mesmo, porque a Nintendo continua reticente em levar seus sucessos para smartphones.

“Se você quer mais, eu te darei mais”

Essa é a premissa de todo o desenvolvimento do novo game de Super Mario: você pagará para ter o jogo inteiro em seu celular, e poderá com isso jogá-lo quantas vezes quiser, com ou sem amigos jogando junto.
Mas você pagará uma coisa bem simples feita para te induzir a talvez pagar ainda mais pelo jogo completo. Obviamente Super Mario Run não será como os joguinhos “grátis” da App Store, que você baixa gratuitamente, joga de forma básica e compra moedas ou produtos para desbloquear fases mais complexas.
A Nintendo quer apenas que você jogue o aperitivo de Super Mario. E a jogabilidade nesse ponto vai te viciar a ponto de te deixar pensativo sobre adquirir o jogo completo da própria Nintendo, usando um Nintendo.
Então não se iluda. Super Mario mesmo vai continuar sendo aquele jogo complexo e cheio de fases que a Nintendo própria comercializa. Quaisquer franquias fora da empresa serão uma porta de entrada bem básica para quem quiser experimentar o suprassumo da jogabilidade.
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