A marca, assinada pela talentosa Priscila Darolt, abriu oficialmente as apresentações do São Paulo Fashion Week trazendo a bela britânica Rosie Huntigton-Whiteley – que será também o rosto da grife para a estação -, junto com um casting cheio de beldades como Izabel Goulart, Aline Weber e Ana Beatriz Barros, desfilando roupas que fazem uma ode à terra do Kremlin.
Com muito vermelho, vinho, verde, preto e branco, os vestidos em shapes com cinturas deslocadas, lembrando silhuetas dos anos 20, vêm em veludo devorê de efeito molhado, corroído artesanalmente, mesclando peso e transparências.
Para os casacos, tanto os curtos quato os mais alongados, estruturas mais próximas ao corpo, em recortes lisos e com tweed feltrado, isto é, trazendo ricas texturas e fios soltos, inclusive incrustadas de pedras. No quesito estampa, releitura de joias e coroas russas, além dos cashmeres, com delicados bordados de cristais e pérolas.
O brilho de paetês, os fios metalizados e a aplicações de diferentes efeitos sobre o tecido aparecem em quase todas as peças, assim como os viés em couro, que correm os recorres arredondados das roupas.
A grande sacada está na própria construção da silhueta, inspirada nos foguetes, que alongam as formas da mulher, deixam ombros arredondados e trazem leves volumes para as barras.
Destaque também para os volumes e texturas que cobrem os dorsos de vestidos e casacos, obtidos por meio de costuras com elásticos, que ganham bordados brilhantes e se assemelham a pedras, remetendo à imagem das crateras da Lua.
A mulher da Cori é cosmopolita e forte. Dona de seus desejos, não abre mão de se sentir sofisticada e feminina. Para ela, as designers da Cori, Giselle Nasser e Andrea Ribeiro, criaram uma coleção austera, inspirada no universo da montaria e na confecção de artefatos em couro.
As formas são mais próximas ao corpo e pontuadas por detalhes levemente amplos, como volumes em punhos e na barra das saias lápis. A única estampa das roupas são as imagens de folhas secas, típicas da estação mais fria do ano. Nas cores, marrons, preto, petróleo e mostarda.
Já a alfaiataria é séria, com recortes e detalhes nos ombros e golas, em couro rígido e em corte a faca. E por falar em couro, ele aparece nos mais diferentes efeitos, do marmorizado ao remetendo a escamas, passando inclusive por uma espécie de tricô, obtidos por recortes à laser.
Sem perder o humor e sem descartar um futuro cinzento para o mundo se não cuidarmos do planeta desde já, a Osklen, de Oskar Metshavat, mostrou uma coleção que traz uma reflexão sobre os os protocolos firmados na Agenda 21 durante a Eco 92 e que volta ao Rio de Janeiro em junho, durante a Rio+20. O exército verde da marca é um misto de guerreiro tribais e pós-apocalipticos, que vestem roupas funcionais: ora adornam; ora abrigam, ora protegem; como o colete/camisa, com capuz remetendo a um iglu, mochilas embutidas e uma linda estampa floral psicodélica. As referências da marca também estão nas roupas da estação: o moletom pesado amplo e derrubado, em corte a fio, o casaco de couro de peixe, os vestidos desconstruídos e por aí vai. A novidade é que trazem detalhes de alças de mochilas aplicadas em locais inesperados, recobertas por rebites metalizados ou em lindas estampas, como o camuflado geométrico. A diversão aparece em vestes felpudas, amplas e volumosas, em cores vibrantes como laranja e azul, combinadas com óculos de "proteção", que lembram os usados em funilarias, além de incríveis tênis com solados grossos e pesados, cheios de faixas, rebites e muita cor. Detalhe, ao final do desfile Metshavat manda seu recado: Act Now (aja agora)! |
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