SPFW Inverno 2012: segundo dia - 20/01

O segundo dia do SPFW começou com a apresentação da coleção de Pedro Lourenço, em seu ateliê. Inspirado por uma viagem ao Chile, o jovem estilista elegeu o jérsei como tecido do inverno 2012. Já na passarela da Bienal, Rodrigo Rosner (R. Rosner) mostrou desinibidamente seus vestidos de festa, depois de sete temporadas longe do evento. Para as mulheres, Alexandre Herchcovitch apresentou uma coleção feminina com tons que lembram o entardecer de uma tarde de outono. O tailleur e o casaco em seda, com desenhos inspirados em tapetes persas, ganharam destaque. Com uma pegada mais ousada, a Iódice levou para a passarela uma coleção sexy, inspirado no livro do mestre da sensualidade Gianni Versace - "Rock and Royalty". Destaque para os decotes, fendas e transparências. A Triton fechou o dia, sob a batuta de Karen Fuke, mostrando uma coleção gráfica com lindas combinações de cores.


Com duas pequenas apresentações, uma seguida da outra, no espaço de seu ateliê, junto à fabrica da mãe - a designer Gloria Coelho-, Pedro Lourenço apresentou a soberba e matematicamente elaborada coleção de inverno.

Inspirado por uma viagem ao Chile, mais precisamente ao deserto do Atacama e às gélidas montanhas da Patagônia, o jovem estilista elege o jérsei pesado como tecido da temporada, ao lado da lã, do couro e do náilon.

Os shapes brincam com a dualidade: próximos ao corpo em peças longilineas de recortes arredondados ou volumosos, enfatizados por jaquetas estofadas com plumas de ganso e que mesclam náilon, couro e pelos que lembram a lhama, animal de carga típico da região.







Após sete temporadas apresentando suas coleções na Casa de Criadores, Rodrigo Rosner estreia desinibidamente seus vestidos de festa na passarela do São Paulo Fashion Week.

A roupa é inspirada num livro de ilustrações de mariposas e traz preciosismo nos bordados - com cristais tchecos-, transparências, dobraduras e muita renda, inclusive tingida manualmente.

E é claro, numa coleção para noite não podem faltar os tecidos nobres como organza e cambraia de seda, tafetá, tule e rendas, entre outros. Nas cores, muito preto, além de champanhe, marinho, uva e amarelo.

Animado com a estreia e de olho na visibilidade que o evento trará, Rosner conta que, num futuro próximo, a coleção de festa deverá ganhar uma releitura para o atacado, com 20 modelos.





O desfile feminino de Alexandre Herchcovitch apresentou uma linda coleção de inverno 2012, com tons que lembram o entardecer de uma tarde de outono como ferrugem, mostarda, bordô, marrom e dourado.

A alfaiataria é inesperada, com uma nova proposta de modelagem, especialmente nos casacos. Mais amplos e sutilmente afastados do corpo, trazem mangas até o cotovelo e com cavas ligeiramente deslocadas, além de muitos recortes, em diferentes materiais, do couro dourado ao chamois, passando por lã e náilon matelado.

A série de vestidos com rendas impressiona, como peças mais ajustadas ao corpo e outras mais femininas, em sobreposições de rendas, couro e tecidos xadrezes, trazendo bainhas com pelo que remetia à penugem da galinha d'Angola.







A coleção de Inverno da Iódice é quente, muito quente. Inspirado pelo livro do mestre da sensualidade Gianni Versace - "Rockland Royalty" -, a coleção é repleta de peças sexys, com uma forte pegada rock. São roupas para uma mulher ousada, personificada na passarela pela bela Fernanda Motta.
 
Os vestidos são em diferentes comprimentos, com decotes, fendas, assimetrias e recortes, combinando transparências, brilhos e matérias como lamê, malha de metal couro, fios de lurex, além de estampas de pele de cobra.
 
Bonita a alfaiataria mais urbana, em couro, verniz e jérseis pesados, com casaquetos e maxi-coletes mais estruturados e saias evasês. Nas cores, muitos tons metalizados, preto, branco e alguns tons de jóias.










O inverno da Triton, sob a batuta de Karen Fuke, é gráfico, em desenhos com lindas combinações de cores - com uma pegada retrô, esportiva e urbana -, um mix cheio de detalhes e em shapes com muitos recortes e brilhos.
 
A alfaiataria feminina também investe em resgatar clássicos do guarda-roupa masculino e jogá-los desconstruídos e reinterpretados na roupa feminina. O casaco colegial americano vira casacão, o blazer ganha abas de casacas e a camisa cresce até depois das bainhas dos shorts.
 
O brilho vem nos bordados de canutilhos e vidrilhos, em franjas ou localizados sobre as vestes de tricô ou em tecidos, tudo em clima pijama esporte-sofisticado. Bacana também a ideia dos tweeds para as mais jovens, em mochilas que desaparecem na roupa, nos mesmos tecidos e estampas, com espírito contemporâneo.

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